LUTO ANTECIPATÓRIO: Cuidados psicológicos com os familiares diante de morte anunciada

Francisca Isabella Massocatto, Elizangela Codinhoto

Resumo


Resumo: O luto é um processo lento e doloroso que ocorre de forma consciente, é considerado um processo natural na elaboração da perda, o enlutado deve passar pelas fases de negação, raiva, barganha, depressão e aceitação, em um período de um a dois anos. O luto antecipatório é um conceito desenvolvido por Erich Lindemann em 1944, quando observava as famílias dos soldados que iam para as guerras, pois elas entravam em processo de luto mesmo sem a morte do familiar confirmada. As fases vivenciadas nesse processo assemelham-se as do luto normal, mas acontecem com a pessoa ainda viva e com diagnóstico de morte eminente. O tempo prolongado para a finitude é um dos principais inimigos, pois vai debilitando a resistência dos envolvidos. Assim a família do paciente deve ser levada devidamente em conta garantindo ajuda eficaz ao paciente. A família que acompanha um ente querido sofre tanto quanto o paciente, pois vê-lo se degenerando e não pode ajudar, causando um sentimento de impotência e culpa. O psicólogo deve ouvir, e interpretar a fala desse familiar com mãos livres de instrumentos e observar seus sinais e sintomas e preparar esse familiar para a morte efetiva para que não resulte em um luto patológico. A equipe de saúde, principalmente o psicólogo, deve oferecer apoio e o não abandono. Este estudo bibliográfico, de abordagem qualitativa exploratória, teve como objetivo compreender qual a importância do psicólogo em casos de morte anunciada nos pacientes, familiares, e equipe ajudando a elaborar os sentimentos decorrentes da situação limite.

 

Palavras-chave: Luto. Luto antecipatório. Cuidados psicológicos. Importância das intervenções.

 

ANTICIPATED GRIEF:

Psychological cautions with family members towards anounced death

 

Abstract: Griefing is a slow and painful process that happens consciously, it is considered a natural process in coping with loss, the griefing person must overcome the phases of denial, anger, bargain, depression and acceptance, in a period from one to two years. Anticipated grief is a concept developed by Erich Lindemann in 1944, while observing family and relatives of soldiers going to war, as they entered a griefing process even before the relative’s death was confirmed. The phases  regular grief, but they happen with the grieved person still alive after the diagnosis of imminent death. Thus, the family of the patient must be properly taken care to assure the patient useful assistance. The family that caters for a loved one suffers as much as the patient, as watching the withering of their lives without being able to help, causing feelings of guilty and powerlessness. The psychologist must listen and translate the speech of such family member hands free of instruments, observing their signals and symptoms, while preparing them for the actual death of their loved one, in order to avoid a case of pathological griefing. The health and care team, mainly the psychologist, must offer support, not giving up on the patient and their family. This bibliographical study, with an explorative qualitative approach, had as an objective understand the role of the psychologist in cases of announced death of a patient, family members and the health and care team, helping to cope with the feelings stemming from the limit event.

 

Keywords: Grief. Anticipated grief. Psychological caress. Role of interventions.


Palavras-chave


Luto. Luto antecipatório. Cuidados psicológicos. Importância das intervenções.

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